sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Fórum Nacional de Secretários e dirigentes de cultura das Capitais do Brasil reúne representantes de todo o País
O primeiro Encontro do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Cultura das Capitais do Brasil de 2010, que aconteceu na cidade de Campo Grande entre os dias 23 e 24 de fevereiro (terça e quarta-feira) reuniu diversos representantes de todo o Brasil e principalmente do interior do Estado. Um dos grandes destaques foi a presença da presidente do Fórum e secretária de cultura do Rio de Janeiro, Jandira Feghali.
A abertura aconteceu na terça feira com Jandira Feghali, que expos a importância estratégica e integradora da política cultural e destacou a necessidade de ampliar a abrangência do Fórum, fazendo com que atinja as cidades do interior dos Estados. “Temos que dar mais forças aos municípios. Essas ações são de extrema importância para debatermos as cooperações com o governo federal. O Fórum durante esse ano tem um papel fundamental, por ser um ano eleitoral. Temos o dever de contribuir na formulação dos planos de governo”, apontou a presidente do Fórum.
Também esteve presente na mesa de discussão, representando a sociedade civil o presidente do Fórum Municipal de Cultura de Campo Grande, Victor Hugo Samúdio. Para ele, que representava também a classe artística do município, “um evento como esse dá oportunidade para que mais pessoas conheçam a riqueza de nosso Estado e também toda a diversidade cultural de nossa Cidade”.
Para o diretor presidente da Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande Athayde Nery, que é secretário executivo do Fórum Nacional, “o encontro protagoniza a cultura como movimento essencial para transformar o Brasil num pais verdadeiramente democratico. “O Plano Municipal de Campo Grande, entregue oficialmente pelo prefeito Nelson Trad Filho é um exemplo que mostra a necessidade de se discutir a cultura em todos os segmentos. É o caminho para que a cultura deixe de ser uma política de governo e se torne política de Estado”, frisa.
Athayde aponta ainda que é necessário que haja a participação de toda a sociedade na construção da Cultura. “Esses encontros são decisivos no Sistema Nacional de Cultura, que é presença nos Estados como instrumento de governo”, detalha. Para o presidente da Fundac, outro fato que deve ser considerado são as três dimensões da cultura: simbólica, cidadã e econômica. “Devemos pagar bem os artistas para mostrarmos que a cultura é um elemento decisivo na economia. A cultura deve ser tratada como elemento de pacificação e principalmente como direito social de todos os cidadãos”, completa.
Para João Roberto Peixe, coordenador geral de relações federativas e sociedade da Secretaria de Articulação Institucional do Ministério da Cultura (Minc), a cidade de Campo Grande conseguiu de maneira eficaz a construção de um Plano Municipal de Cultura, que existia até então apenas na cidade de Recife. “Políticas públicas consolidadas garantem a continuidade das políticas mesmo com a alternância dos governos. Necessitamos ainda de um esforço suprapartidário para que a tramitação dos projetos no Congresso seja mais rápida”, garante.
Participação
Representantes de diversas entidades de Campo Grande estiveram no Fórum, demonstrando seu apoio. O presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) Américo Calheiros, considera a jornada uma “nova construção da visão da cultura em todo o País”. “A Cultura vem tomando corpo no Brasil e nossa luta é exatamente para consolidarmos isso. Devemos ver o setor cultural como protagonista e cobrar que seja inserida na agenda política de todos aqueles que estão pleiteando um cargo. Cultura é desenvolvimento”, finaliza. Já o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Paulo Siufi, acredita que a realização do encontro é histórica para a cidade.
Entre os presentes, estavam representantes ligados a área cultural de diversas cidades do estado como Paranhos, Bonito, Corumbá, Rio Verde, Maracaju, Iguatemi, Costa Rica, Bodoquena, Ribas do Rio Pardo, Itaquirai, Dourados, Aquidauana, Cassilândia, Dois Irmãos do Buriti, Coxim, Aral Moreira, Amambai, Três Lagoas e Figueirão, que aproveitaram a oportunidade para criar o Forum de gestores culturais das cidades do Mato Grosso do Sul como primeiro encaminhamento para fortalecimento da cultura.
Entre os representantes de outros estados estiveram secretários e representantes de São Caetano do Sul (SP), Betim (MG), São Luiz (MA), Fortaleza (CE), Sabará (MG), Cuiabá (MT), Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ), Macapá (AP), Curitiba (PR), Belo Horizonte (BH), Santa Luzia (MG), Brasília (DF), Belém (PA) entre outros.
Os principais temas discutidos foram os Micro projetos Culturais do Ministério da Cultura, os Termos de Cooperação do Sistema Nacional de Cultura e os Convênios de Cooperação Técnica do Minc. Também esteve em pauta a II Conferência Nacional de Cultura, os Seminários das Mercocidades e uma discussão sobre Fomento e Gestão Cultural.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Athayde visita Museu das Culturas Dom Bosco
O diretor presidente da Fundação Municipal de Cultura (Fundac), Athayde Nery, esteve juntamente como o diretor do departamento cultural da instituição, Roberto Figueiredo em visita ao Museu das Culturas Dom Bosco na manhã desta terça-feira (2). Maravilhados pela modernidade do local, os representantes da Fundac tiveram a oportunidade de realizar uma visita guiada pela coordenadora Aivone Carvalho Brandão e compartilharam experiências com um dos diretores do Conselho Internacional dos Museus (ICOM), o italiano Marco Tonon, que estava em visita a Campo Grande.
Tonon se disse boquiaberto com a linha de museologia “muito particular” que segue o Museu localizado na cidade de Campo Grande. “O modo de trabalho nesta instituição resolve vários dos problemas que vêm sido debatidos há anos em várias partes do mundo. Aqui não temos um museu para os índios e sim um museu feito com os índios”, elogia. “Ainda não conseguimos fazer isso em outros lugares do mundo. Aqui, o indígena sente o museu como parte de si, se percebe e sente a própria identidade. É o máximo que já vi em museologia em toda minha vida. Aqui está a solução que deve ser exportada”, completa.
Na ocasião, o italiano conversou com Athayde Nery sobre a possibilidade de realizar, em 2013 – ano em que o Congresso Internacional dos Museus será na cidade do Rio de Janeiro, uma visita guiada a Campo Grande, para a conhecer a realidade do museu. Athayde se prontificou a assinar um termo de compromisso buscando, inclusive, incluir outros museus da cidade na rota dos pesquisadores.
Athayde Nery, que se disse maravilhado com a modernidade do local, se dispos a levar os que visitam Campo Grande para conhecer o Museu, que retrata um pouco mais da cultura do Estado e também de todo o Centro Oeste. “Durante o Encontro Nacional de Secretários de Cultura das Capitais Brasileiras, que acontecerá nos dias 23 e 24 de fevereiro, pretendo trazer os participantes para conhecer esse local fantástico”, afirmou.
O Museu
O Museu das Culturas Dom Bosco já surpreende na entrada. Assim que chega no local, o visitante vê projetadas no chão, imagens do antigo museu e também de missionários. Computadores posicionados em todos os ambientes possuem dados sobre as peças expostas assim como diversas fotos.
A extensão do Museu foi dividida em áreas. Os índios ajudaram na montagem de todas as partes e também no repasse de informações que foram estrategicamente utilizadas, como o ritual de cura, mito da criação e posicionamento das aldeias.
Na parte que conta a história dos povos de Mato Grosso do Sul existem objetos que retratam as sete etnias do Estado: Terena, Kadiwéu, Guarani e Kaiowa, Kiniquinau, Guató, Ofaié e Atikum Umã. No local, é representada a vida desses povos por meio de utensílios e objetos de uso cotidiano. A exposição é montada de forma a constituir uma metáfora da dimensão do habitar desses povos.
Os povos Karajá, Bororo, Xavante e os do Rio Uaupés também são retratados nos diversos ambientes do museu. O mais interessante é a forma em que são posicionados, com muitos espelhos, frestas, projeções nas paredes e vidros que permitem uma interação ainda maior com a exposição, já que é possível andar sobre as peças e até simular o caminho percorrido por alguns povos em seus rituais de cura.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Athayde prepara visita à Brasília em busca de recursos para a Cultura
O ano de 2010 promete der diferente, especialmente na área cultural. A previsão é que Campo Grande receba, pela primeira vez, cerca de R$ 5 milhões a serem investidos na Cultura. Parte do recurso já foi obtido, um montante em torno de R$ 3,5 milhões, que foram empregados no Pontão de Cultura Guaicurus, no Programa Bolsa Cultura e também serão destinados à abertura de 15 Pontos de Cultura – diversas entidades se inscreveram para concorrer pelo edital do programa. O restante da verba está sendo buscada pelo presidente da Fundação Municipal de Cultura (Fundac) Athayde Nery na cidade de Brasília, junto ao Ministério da Cultura (Minc).
Para Athayde, tais ações são “fundamentais para construir uma Capital desenvolvida e voltada para a Cultura”. O presidente afirmou também que a cidade já foi classificada como apta a receber os recursos do programa Mais Cultura, um acordo de cooperação com o Minc, para o desenvolvimento de ações.
O restante do montante solicitado pela Fundac junto ao Minc engloba oito projetos: modernização de biblioteca, criação de sete bibliotecas comunitárias, criação de sete Pontos de Leitura, viabilização de três Pontinhos de Cultura, dois Cine Mais Cultura e dois Pontos de Memória. Também é esperado que a Capital seja contemplada com um montante para a execução de cinco Microprojetos culturais e para a criação de um Espaço Mais Cultura.
Athayde Nery explica que o Ministério da Cultura já assinou o acordo em que se compromete a viabilizar o valor solicitado para a cidade de Campo Grande. “Estamos na fase de ir até Brasília, fechar o acordo e tentar inclusive aumentar o valor do novo repasse. No ato solene de assinatura, o prefeito Nelsinho Trad estimulou a ida imediata para Brasília, em busca de mais recursos. Essa é a primeira vez que Campo Grande tem a possibilidade de receber um valor tão alto destinado exclusivamente a cultura”, comemora.
O diretor presidente da Fundac adianta ainda que nos dias 23 e 24 de fevereiro Campo Grande sediará a Reunião Nacional do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Municipais de Cultura. Athayde ocupa o posto de secretário executivo do Fórum.
Programa Mais Cultura
O programa foi lançado em 4 de outubro de 2007, data que marca o reconhecimento da cultura como necessidade básica e direito de todos os brasileiros. Foi a partir desse programa que o Governo Federal incorporou a cultura como vetor importante para o desenvolvimento do País, incluindo-a na Agenda Social - política estratégica de estado para reduzir a pobreza e a desigualdade social.
O Mais Cultura se estrutura em três dimensões articuladas entre si: Cultura e Cidadania, Cultura e Cidades e Cultura e Economia.
Podem participar municípios, estados, pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito público ou privado, sem fins lucrativos, que sejam de natureza cultural, como associações, sindicatos, cooperativas, fundações, escolas caracterizadas como comunitárias e suas associações de pais e mestres, ou organizações tituladas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) e Organizações Sociais (OS), com atuação comprovada na área cultural há pelo menos dois anos.
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