Aquele ypê debruçado na tarde
amareleceu
Sol sentou pra olhar
Mangueira grávida guarda seus filhos
Araras seguram o céu
Lágrimas escorrem no segredo com prosa,
Pra sorrir no Anhanduí
Caminho é o Mar
Teu olhar passou por aqui
Se impregnou de Calógeras,
Quedou-se na Catorze, libertou-se na Treze
Na Afonso Pena
Encantou-se
Ah! Não existe entardecer como do meu lugar.
Horizontes tomam tereré com água guarani
Pegam ônibus na Rui Barbosa e desabrocham na Maracaju
Lua se assenta no adormecer da morena
A brisa lhe beija olhos, seios o boca
Assim, assim vestida de hóstia com ar de pecado
Semblantes distantes se misturam aqui
Ah! Morena de ventre pantaneiro
Soy loco por ti
Pelos seus trilhos que sangram
E canções que se expandem
Como um grito de amor
Poema do livro Livro Tereré com Água Guarani 1ª Edição/2010 - Autor Athayde Nery de Freitas Junior