quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Minha Cidade

Aquele ypê debruçado na tarde
amareleceu
Sol sentou pra olhar
Mangueira grávida guarda seus filhos

Araras seguram o céu

Lágrimas escorrem no segredo com prosa,
Pra sorrir no Anhanduí
Caminho é o Mar

Teu olhar passou por aqui
Se impregnou de Calógeras,
Quedou-se na Catorze, libertou-se na Treze
Na Afonso Pena
Encantou-se

Ah! Não existe entardecer como do meu lugar.

Horizontes tomam tereré com água guarani
Pegam ônibus na Rui Barbosa e desabrocham na Maracaju

Lua se assenta no adormecer da morena
A brisa lhe beija olhos, seios o boca
Assim, assim vestida de hóstia com ar de pecado

Semblantes distantes se misturam aqui
Ah! Morena de ventre pantaneiro

Soy loco por ti
Pelos seus trilhos que sangram
E canções que se expandem
Como um grito de amor

Poema do livro Livro Tereré com Água Guarani 1ª Edição/2010 - Autor Athayde Nery de Freitas Junior